quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Verdadeira Poesia




Verdadeira Poesia

Escrever algo que vem na mente,
Lapidar... Melhorar;
Tentar achar sinônimos,
Palavras que definam melhor,
E pareçam mais cultas,
Até mesmo antônimos,

Pra que serve escrever,
Se não for só pela arte de escrever?
Seria algum dom divino do céu?
Só sei que gosto de escrever a vida em um papel.

Escrever verso por verso,
Com a eminente preocupação;
Que o que você escreve agora,
Possa rimar lá na frente.

E não é assim mesmo a vida?
O futuro não é nada mais,
Do que consequência do presente;

A vida, mãe das poesias;
É verso escrito sem volta,
É tinta que não pode apagar;
Felicidade escrita em um verso,
Que um dia eu quero ditar;
Vou escrevendo ela com cuidado,
Eu não me permito falhar;
É a escrita mais sincera,
É tudo que rima com amar.

Pois a vida é a verdadeira poesia...
A arte de ilustrar sonhos com as palavras,
Só que essa não permite rasuras.

Ruan Felipe

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Estamos conversados


"Você me reclama distância, diz que ando fria, reclama da pouca atenção que lhe dou. Desconverso com um ‘não é nada’. Você não se convence, me conhece bem. Lhe digo que é o pouco tempo. Você me olha com esses olhinhos de quem pede para o tempo voltar e me suplica para abrir o jogo. Suspiro entediada e uma lágrima rola do seu rosto. Você me diz que quer conversar. Que agora quer conversar. Largo meu livro e lhe olho, você diz coisas que embaralham meu ouvido e meu coração já não consegue mais decifrar.
Você lembra do tempo em que nos conhecemos, pede para que eu resgate aquela minha mansidão, para que eu não desapegue da minha meiguice. Diz que sente falta das nossas conversas, de saber o que realmente se passa comigo pela minha boca, cospe que cansou de tentar ler minhas entrelinhas, assume que não nasceu para adivinhar. Infelizmente, isso já não me toca tanto, você detecta. Entra em prantos. Me pede perdão, trezentas vezes perdão. Recorda e reconhece que me machucou. Que foi um tremendo egoísta e que em momento algum pensou em mim. Mas ao mesmo que se redime se defende, fala que ter ficado naquele momento só ia me destruir mais; que se afastou pelo nosso bem. Me pede para não enxergar no abandono uma falta de amor e sim um gesto altruísta. 
Me calo, não derramo uma única gota. Você se dá conta de que mudei. Baixa a cabeça e chora um choro baixinho, no entanto desesperado, como eu chorei um dia. Soluça que foi burro. Que deixou a fraqueza nos afastar, que não deveria ter me largado ali, sem ninguém. Vejo como fui patética, quando eu era assim. Você se joga nos meus braços e não lhe nego meus abraços. Você me implora perdão e eu cansada desse roteiro te digo que não há nada que ser perdoado. Você se desespera mais ainda, me escorrega dos braços e diz saber como sou rancorosa. Diz que essa minha falta de reação é fim de amor, pede desculpas outra vez, que não sabia o que estava fazendo. Pede para eu não deixar o amor morrer dentro de mim, para seja como for eu ser feliz e me implora por alguma solução. Qualquer coisa que possa fazer para me trazer de volta, de verdade. Lhe peço para parar de falar besteira. 
Você enxuga as lágrimas com as costas da mão e abre a boca em outro soluço escandaloso, assume saber que foi você quem me deixou assim, sem graça de vida; que o destino, do qual não sou adepta, foi quem nos roubou um do outro, que sabe que o sentimento meu por você não está sepultado, no entanto, que enxerga que não tenho jeito. Ainda bem que você sabe, ainda bem."

Gabriela Furtado

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Descaso




Descaso

Já são 02h00min horas da manhã,
Esperando me ligar, já não é a primeira vez,
Portanto não vai ser a última;
Que eu espero uma atitude sua.

Já me cansei do seu descaso,
Eu quero que entregar,
Sentir você em meus braços;
Não apenas um caso entre adolescentes,
Que não tem dia certo para se encontrar;

Eu já estou mais que preparado,
Já abri mão de inúmeras coisas por “vaidade” sua;
Não escuto quem antes me dava conselhos úteis,
Brigo com meus amigos por você.

Estou à deriva de um sentimento incerto,
Eu queria te odiar,
Mas quem disse que eu consigo?
Se você ao menos me desse um sinal positivo,
Eu entraria de cabeça sem medo.

Não estou acostumado com isso,
Trato mal outras garotas pensando em você;
Mas quando te conto você diz: Não deveria ter feito isso!
Será que você não percebe que eu quero viver com você e mais ninguém?
Se você disser que sim,
Só tenho olhos para você;
Mas como está é complicado,
Já me cansei do seu descaso.

Você não me deixa escolha...
Não, não dá mais;
Vou guardar meu sentimento para outro alguém,
Esse amor me faz mal.

Vou tentar ser feliz com outra pessoa,
Vou tentar achar alguém que ame minha entrega;
E você faça o mesmo,
Siga seu rumo;
Continue com seus planos,
Um dia você vai encontrar alguém que goste de você,
E que se acostume com seu descaso.

Ruan Felipe

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Inspiração


Das ilusões contidas nesse coração
É que nascem os melhores versos que escrevo,
Enquanto a melodia invade também o meu ego
E me faz namorar com o universo da canção...
E se já não causo mais encanto
Ou se já não mais fito sonhos quanto devo
É que não sou mais o mesmo – não nego
Mas ainda tenho a mesma inspiração...

Alexandre Filho
09/04/2012.

Poesia


Exala como perfume em letras
Das veias de quem delira
Dos punhos de quem concebe
Flutua nas mentes abertas
E na imensidão se atira
Do ópio criativo, bebe

Do nada surge uma vontade
Palavras e sentimentos – tino
Assento para a criação
Se não para a eternidade
Poesia feito um menino
Em nada lhe cabe um não...


Alexandre Filho
06/11/2012